Nascido em Murundu, distrito do município de Campos, na região norte do estado do Rio de Janeiro. Foi criado em Cachoeiro de Itapemirim, devido à transferência de seu pai, ferroviário, para a cidade.
Valadão construiu como ator uma imagem de homem rude e machão. Associou-se voluntariamente à palavra "cafajeste" no plano pessoal. Trabalhou em mais de cem filmes, como ator, diretor e produtor. Foi casado com a atriz Vera Gimenez, padrasto da apresentadora Luciana Gimenez e era pai do ator Marco Antônio Gimenez. Casou-se seis vezes e teve nove filhos. Em 1995, converteu-se ao protestantismo, chegando a se tornar pastor da sua igreja, a Assembléia de Deus.
Em 21 de novembro de 2006, Jece Valadão sentiu-se mal e foi internado na UTI do Hospital Panamericano, com insuficiência respiratória. E, às 17h20 do dia 27 de novembro veio a falecer.
Carreira artística
Valadão fez parte do elenco das primeiras montagens de Perdoa-me por me Traíres e Os Sete Gatinhos, ambas peças de Nelson Rodrigues — então seu cunhado - e que o considerava o ator perfeito para suas peças.
Nos anos 70, foi ator e sobretudo produtor de comédias e filmes policiais eróticos. Uma de suas últimas participações na televisão foi na série Filhos do Carnaval, onde interpretou um bicheiro dono de uma escola de samba. O papel de bicheiro também foi representado pelo ator nos filmes Boca de Ouro, Amei um Bicheiro e Deu Águia na Cabeça.
Após alguns anos sem representar, após a conversão em 1995, voltou para participar de O Cangaceiro (1997), Garrincha — Estrela Solitária (2003) e Em Nome de Jesus (2003). Na televisão, atuou com maior destaque na telenovela Transas e Caretas (1984), de Lauro César Muniz. Mais recentemente, fez participações especiais nos seriados Sob Nova Direção e A Diarista e nas telenovelas Bang Bang (Globo) e Cidadão Brasileiro (Record), além da série Filhos do Carnaval, transmitida pelo canal HBO, em 2006.
Gravou o documentário O Evangelho Segundo Jece Valadão, sobre a própria vida, em que disse ter-se arrependido por ter sido um pai ausente e em que conta como Jesus Cristo o salvou, tornou-se evangélico há dez anos.
"O Jece Valadão morreu dez anos atrás e eu renasci espiritualmente", definiu ele certa vez.
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