segunda-feira, setembro 03, 2007

Wilson Simonal

Wilson Simonal de Castro, (Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1939 - 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970.
Começou a carreira cantando em bailes do 8º grupo de Artilharia da Costa, cantando em inglês, rock e calipsos.
Em 1961 foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, fez parte do conjunto Os guaranis.
Se apresentou no programa Os brotos comandam, sendo apresentador do programa Carlos Imperial. Atuou nas casa noturnas Drink, Top Club.
Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova.
Em 1964 viajou pelas América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.
De 1966 a 1967 apresentou o programa de TV, Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7, de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Se revelando um show man. Fez grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben, Mamãe passou acúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro, Sá Marina( Antonio Adolfo/Tibério Gaspar), num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, que foi chamado de pilantragem.
Em 1970 acompanhou a seleção brasileira de futebol à Copa do Mundo, realizada no México. Ficando amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto, Jairzinho e do maestro Erlon Chaves.
Houve um desfalque na empresa em que Simonal tinha. Seu contador foi acusado, supostamente, de ter praticado o roubo.
Durante os interrogatórios, Simonal foi acusado de ser informante do Dops. Foi condenado em 1972. Simonal ficou desmoralizado no meio artístico-intelectual e cultural da época e sua carreira começou a declinar.
O jornal O Pasquim acusou de dedo duro . A repressão imposta pela ditadura militar brasileireira, levaram os jornalistas da época a acreditar que Simonal fôsse informante do SNI. A imprensa o condenou sem provas.
Ele negou veementemente todas as acusações. Em 2002, após sua morte, a família do cantor requisitou abertura de processo para verificar a acusação de informante do regime.
Foram reunidos depoimentos de diversos artistas, além de um documento datado de 1999 em que o então secretário de Direitos Humanos, José Gregori, atestava que não havia evidências - fosse nos arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI) ou no Centro de Inteligência do Exército - de que Simonal houvesse agido como delator. Como resultado, o nome do músico foi reabilitado publicamente pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2003.
Independente de qualquer acusação política, porém, o nome de Wilson Simonal vem ganhando cada vez mais reconhecimento pela contribuição musical no cenário brasileiro, sendo considerado um dos grandes cantores da Música Popular Brasileira.
É pai dos também músicos Wilson Simoninha e Max de Castro.

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